quinta-feira, 17 de novembro de 2011

FILHOS

"Filhos? Melhor não tê-los. Mas se não os temos, como sabê-lo?..." já dizia o poetinha no seu Poema Enjoadinho.
Filhos? Melhor não tê-los? Não, melhor tê-los sempre. Eu costumava dizer que minha vida era dividida em antes e depois da análise. Isso antes de ter a minha filhotinha. Hoje digo, sem susto, que ela sim é o grande divisor de águas da minha vida. Tudo ficou melhor depois que ela nasceu. A vida teve mais cor. E aí quero lhe dar todo o amor do mundo e cobri-la com todos os cuidados para que não sofra, para que não chore, mas como fazê-lo?

Não posso. Não devo fazer. E hoje ela está sofrendo. Eu sei, ela só tem 9 anos e está crescendo. Também sei que isso tudo faz parte do aprendizado dela e blablabla...., mas que dói em nós, dói.

Queria passar pra ela tudo que já sei. Com alguma magia do Harry Potter, tiraria as experiências da minha mente com uma varinha e colocaria na cabecinha dela pra que ela não precisasse passar pelas mesmas mazelas, pelas mesmas decepções, mas não dá, até porque nada indica que a trajetória dela será igual a minha. Sorte dela.

Só posso lhe dar o meu ombro pra chorar, meus ouvidos para escutar, minhas mãos para ampará-la e essas minhas experiências pra lhe dizer que isso tudo vai fazer com que ela seja um ser humano melhor.

Cresça filha, mas cresce de mansinho que assim não dói.

domingo, 6 de novembro de 2011

PERDÃO

Primeiro, quero pedir mil perdões. A minha última postagem foi no dia 25 de agosto. 
Algumas vezes somos atropelados pelas coisas da vida, desanimamos e enterramos a cabeça na areia que nem avestruz.  Não dá. Como diz um amigo meu, é preciso ter pique, leveza e vivacidade. Não tive. Tombei. Me arrependi. Aqui estou eu, dando a cara a tapa. Mereço. Peço perdão outra vez.



Aliás, o perdão é uma atitude muito frágil. Na verdade todos nós erramos, em maior ou menor grau, estamos aqui pra isso. Mas, algumas pessoas, fazem disso uma nova Via Crucis. Não basta pedir perdão, você terá que ser crucificado pelo seu erro.



Acredito que estamos aqui para aprender algumas coisas, acho que eu vim aprender sobre o perdão.
A minha vida inteira perdoar foi muito difícil. Era um exercício suado e muitas vezes perdi pessoas boas pelo caminho porque não tive a humildade de perdoar. Agora me vejo na condição de perdoado e não estou passando no texte.



Perdão significa começar de novo, dar a você mesmo a chance de reescrever suas atitudes, trilhar os mesmos caminhos com visão renovada, acertar a bússula para o norte, oportunidade nova. Mas é preciso que o outro esteja disposto a te olhar com afeto e entender os seus motivos. O ciúme, por exemplo, é um péssimo companheiro porque ele te ajuda a investir no erro e quando você percebe isso pode ser tarde demais.



Chico Xavier já dizia que não podemos fazer um novo começo, mas podemos recomeçar e fazer um outro final.



Por favor, me deem a possibilidade de fazer de novo, me permitam mudar e tentar de novo. Todos os dias todos nós merecemos isso.



Perdoar não é fácil. Nem um pouco. É um exercício. É esforço. Superação. Desprendimento. Empatia. Ser perdoado, quando se está sinceramente arrenpendido, é tortura. Solidão.
Só não posso passar o resto da vida tentando te mostrar que mudei. Apenas acredite em mim e vamos viver a vida de onde paramos. Se você puder, me avise. Eu já estou pronta.



Isabela Battom
isabelabattom@hotmail.com  

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

POESIA

Olá! Tudo bem? Hoje eu acordei pensando em poesia, então resolvi mostrar uma pra vocês.
Sim, eu escrevo poesia, mas não sou poetisa não. Pra ser poetisa eu precisava ter um nome bonito assim como Cora Coralina, Cecília Meirelles, Glória Gomes (http://www.cotidiano15.blogspot.com.br/) e eu sou apenas Isabela Battom, numa tentativa, nem sempre feliz, de juntar palavras. Às vezes tenho a sorte de escolher os substantivos certos, aproximá-los dos adjetivos e pronomes convenientes, adicionar preposições, verbos e conjunções da hora e... voilá.

São coisas de que gosto de ler e saber que foram escritas por mim. Punto y basta. Não tenho pretensões maiores, até porque pra lançar um livro de poesias neste país é preciso a coragem e competência poética de um Jorge Ventura (http://www.jorgeventura.com.br/) ou Lila Marques (O Grande Teatro - Ed. Multifoco) pra tentar. Boa sorte a ambos.

Aí vai a dita. Espero que gostem. E fiquem à vontade para as críticas.


não me enlouqueça
não tenho idade pra isso
não surfo mais nas palavras
não sei adivinhar o que elas querem dizer
não sei mais ler nas entrelinhas
prefiro tudo as claras
por favor, me diga na cara o que sente
o que quer de mim


então eu escolho
me entregar de vez
ficar no teu corpo
e jogar o relógio fora
ser o teu chão
ser tua namorada
me envolver com a tua vida
amar, amar, amar
te trazer poesias e serenatas
pra te ver feliz

ou te trair com a decepção do não




Rio de Janeiro, 04/09/2008



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

É DOCE MORRER NO MAR...

Olá! Hoje vou mostrar apenas fotos.  Dá pra acreditar que essas 3 fotos foram tiradas em Sepetiba/2010?

Sepetiba 2010

Sepetiba 2010

Sepetiba 2010

sábado, 20 de agosto de 2011

TUDO ACABADO ENTRE NÓS

Olá! Hoje é dia 20 de agosto. Há exato 1 ano, eu era demitida do meu emprego de 25 anos.
Atenção: isso não é um lamento, é um fato. A empresa estava de malas prontas para São Paulo e eu disse que não iria com eles. Então, o destino óbvio foi a demissão. Sem traumas, sem atropelos. Fizemos um acordo e tchau. Simples assim.

Nem tanto. Quando eu era mais jovem e via algum aposentado na televisão (sim, eu sou aposentada) meio perdido, sem saber o que fazer na aposentadoria, querendo trabalhar de novo, não só pelo salário que é pouco, mas por não aguentar ficar em casa de pernas pro ar, eu me perguntava - que doidera é essa, como é que o cara tem a oportunidade de ficar em casa, tempo livre pra fazer o que quiser e quer voltar a trabalhar, é louco?
Agora eu entendo esse sujeito. Entendo o que é ter uma vida agitada, de reuniões, viagens, eventos, orçamento, avaliação, preço.... e agora o marasmo é seu único compromisso. E o salário? E os amigos? E os papos na copa? E o happy hour? Tudo coisa do passado.


Lulu Santos já nos disse "nada do que foi será do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará...". Eu nunca tinha ouvido essa música pensando nesse contexto e aí descobri que ele tem razão. Cada dia que vivemos é uma oportunidade de fazer diferente, trilhar a mesma estrada e tentar observar coisas novas. A mudança começa dentro de nós. Não adianta alimentar o fantasma do ontem e sim sorrir para as inúmeras possibilidades do amanhã. É isso. Elas estão aí fora te esperando. Em cada esquina há o que fazer novo, melhor, de gosto, de coração. Basta ter olhos de ver.


Eu dei o melhor de mim enquanto estava lá. Isso eu sei. Vesti a camisa da empresa por 25 anos e 20 dias. Posso dormir tranquila, não tenho dúvida nenhuma. Meu marido dizia que se minha chefe pedisse pra eu comprar 50 apitos no dia 1º de janeiro eu compraria, sem me importar aonde ir procurar.
Dei o melhor de mim sim. Com certeza. Pode não ter sido o melhor pra Angela, minha chefe, pro Francisco, meu diretor, mas foi o melhor que eu pude dar naquele momento, sem falsa modéstia.


Então, me pergunto: o que posso fazer de melhor agora? O que posso fazer de melhor por mim? Pra minha vida? Pra minha família? Isso é o que preciso descobrir. Por enquanto, posso pensar em manter minha saúde física e mental em ótimas condições, posso frequentar uma academia porque exercício faz bem ao coração e vocês sabem que estou hipertensa, posso emagrecer pelos mesmos motivos, posso cuidar da minha filha e do meu marido e da nossa casa com muito amor. Acho que isso já é um começo.


O resto? Vai pintar alguma coisa. Às vezes a gente pensa que a vida tá parada, que os astros estão conspirando contra nós e de repente, quando menos se espera, surge uma oportunidade muito boa de qualquer canto e você se surpreende e fica feliz.


Eu quero ser feliz agora. Com o que tenho.


Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2011. O ano 1 do recomeço.


Isabela Battom
isabelabattom@hotmail.com

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

VOLTEI

Oi. Voltei. Desculpem se não posto há algum tempo. A ideia é fazer isso a cada 2 dias, mas coisas aconteceram e aí.... não me concentrei o suficiente para estar aqui com vocês. I'm sorry.

Então, pra tentar recomeçar em grande estilo, dou pra vocês uma foto que gosto muito. Tirei da varanda da minha casa, num sábado qualquer do ano de 2008, em que precisei acordar muito cedo para trabalhar. Eram 5h45 da manhã quando ela foi tirada. Espero que vocês gostem.



É, eu tiro fotos. Não sou fotógrada, apenas tenho um equipamento bom e fotografo coisas de que gosto, pessoas que gosto, coisas que me dizem alguma coisa sem a pretensão de... nada. Apenas prazer.

Por falar em prazer, segunda-feira (15/08) foi aniversário da minha amiga Glória - parabéns de novo querida!!! - e ela chamou algumas amigas para almoçar no restaurante da Quinta da Boa Vista. Você é recebida por uma mocinha vestida com roupas do tempo do império e os garçons também estão vestidos assim. O lugar é agradável e a comida... bem, comi um linguado da melhor qualidade acompanhado de caipiroska de Absolut. Tudo de bom. Aliás, como diz meu marido, ninguém convida a gente para um rodízio de rúcula ou um churrasco de alface e endívias, né? Só para coisas hard. Mas a conversa foi tão boa, as risadas foram tantas, que a tarde chegou bem rapidinho e a gente nem viu. Então, se você não conhece, acho que vale a pena conferir.

E o regime? Bem, com caipiroska de Absolut não tem regime que aguente. Deixei pra pensar nisso na terça.

O e-mail vocês já conhecem isabelabattom@hotmail.com.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

E A VIDA CONTINUA

E aí? Tudo bem?
Estamos juntos aqui de novo.
Primeiro queria esclarecer uma coisa: uma pessoa me mandou e-mail perguntando se esse será um blog sobre gordinhos. Não. A intenção é escrever sobre coisas que interessem a todos que estejam a fim de participar desse blog. Por isso, vocês tem um endereço de e-mail para enviar sugestões e comentários que serão publicados, mencionados e/ou discutidos aqui. Tudo sempre dentro do maior respeito galera. Comecei com o assunto "gordinha" porque essa é a minha catarse do momento e pretendo continuar no decorrer dos tempos, independente dos outros assuntos tratados.


Bem, eu terminei a página anterior falando de hipertensão. Vamos lá: "a hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é ter a pressão arterial, sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem." Essa definição é dada pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (http://www.sbh.org.br/). Outro site que também pode ser consultado para quem quiser obter maiores informações é o do Ministério da Saúde. (http://www.bvsms.saude.gov.br)
Os sintomas podem ser dor de cabeça forte, com pressão na nuca, acompanhada de sensação de que o cérebro cresceu e não cabe mais dentro da cabeça e muito enjôo. Pelo menos foi assim que eu descobri a minha.
Gente, muita atenção, a hipertensão é uma doença silenciosa. Algumas pessoas são hipertensas e nem desconfiam disso porque os sintomas variam de pessoa para pessoa e, quando se dão conta, é tarde demais. A doença pode levar o hipertenso a ter problemas nos rins, cérebro, olhos e coração causando AVC. Então, periodicamente, verifique a sua pressão arterial.
E outra coisa, ela não ataca só adultos. Crianças também podem ser hipertensos.

 
Bem, ao descobrir a minha hipertensão numa emergência de hospital, o próximo passo foi procurar um cardiologista. E a primeira coisa que ele me disse foi: você precisa emagrecer.
Esse papo a gente continua amanhã.
Valeu pela companhia.
Lembrem-se: meu e-mail é isabelabattom@hotmail.com.
Espero seu comentário.
Fui!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

DIÁRIO DE UMA GORDINHA: TUDO COMEÇA HOJE

Oi. Meu nome é Isabela Battom e.... sou gordinha. Na verdade, sou gordona, pois peso 98 quilos para 1,56m. Sou simpática, casada, tenho uma filha. 
Sou gordinha desde que me entendo por gente. Minha mãe diz que eu nasci com 4,5 quilos (nossa, que vexame!.....). Algumas pessoas até dizem: - não emagrece não, ser gordinha é sua marca registrada, assim como o Jô Soares. Vai vendo!!!
Na escola, sofri todos os tipo de bullying (termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executados dentro de uma relação desigual de poder) - agora arrumaram esse nome bonito em inglês, mas na verdade, "a coisa" sempre existiu, sempre esteve lá, latejando na vida de quem sofria com ele - que vocês possam imaginar: me chamavam de baleia, Sargento Garcia (aquele do Zorro), Moby Dick, Tia Gorda (é.... na família também tem bullying!!!! aliás, meu irmão me chama assim até hoje....). Na brincadeira do João Bobo muitas crianças não queriam brincar comigo, pois chegaria a hoja que eu estaria no meio e elas não queriam fazer força pra me balançar. Mas isso não me chateava não ou pelo menos eu achava que não.
Tive uma infância muito feliz. Pobre, mas feliz. Brinquei de totó, bola de gude, boneca, carrinho de roleman, futebol, soltei pipa, subi em árvore.... enfim, tudo que uma criança saudável do subúrbio poderia fazer. Naquele tempo a gente não conhecia o computador, nem o playstation. Era bom demais brincar na rua!!!! A mãe nem ficava preocupada porque a vizinhaça se conhecia. Acho que a palavra amigo e vizinho tinham outros significados.
Enfim, fui feliz. Cresci feliz. Estudei. Me formei. Casei, mesmo sendo gordinha. Acho que o amor de verdade não usa balança, né? Se bem que casei magra, mas isso é papo pra outro dia. E.... fiquei hipertensa. Isso mesmo. Em outubro de 2007 descobri esse fantasma na minha vida chamado hipertensão.
O que é isso? Esse é um papo pra gente levar amanhã. Aqui no Diário de uma Gordinha.
Eu, Isabela Battom, espero por vocês.
Mandem comentários, critiquem, mandem suas estórias.
Super beijos